Se estivesse vivo, Plínio Sussekind Rocha completaria hoje 105 anos. Por sua contribuição ao ensino de física, foi deliberado pela congregação, no dia 22 de dezembro de 1981, Patrono da nossa Biblioteca.
“[...] não se obtinham revistas com facilidades – foi o Plínio que começou a montar uma biblioteca de Física em 1944. Ele pegava os livros dele e guardava lá para quem quisesse consultar. Hoje a biblioteca, creio eu, tem seu nome – e se não tiver, deveria ter!”. Elisa Frota-Pessoa em entrevista à Revista Cosmos e Contexto (1990, 2012).
Além da sua dedicação a ciência, Plínio também foi um grande crítico e entusiasta do cinema brasileiro, tendo contribuído fortemente para a restauração de “Limite”, de autoria de Mário Peixoto, considerado em novembro de 2015 o melhor filme brasileiro de todos os tempos.
“- Você acredita na importância de “Limite” de uma perspectiva histórica e global do cinema?
Toda vez que eu tive a oportunidade de acompanhar a retrospectiva histórica do cinema, como os da última temporada do Museu de Cinema, em Paris, sempre me parece que, sem “Limite”, uma tabela do cinema mudo está incompleta.”. Plínio Sussekind Rocha em entrevista à Paulo Emílio Salles Gomes, L’âge de cinema (n.6, 1952).
Plínio esteve na vanguarda, considerando o alto nível de especialização em todos os campos da ciência e tecnologia, ele possuía os elementos para compreender o cinema como poucos.
Plínio nasceu em 22 de dezembro de 1911, e ao longo da vida também debruçou-se sobre os estudos de História e filosofia da ciência, até sua morte em 17 de agosto de 1972. Três anos após ser aposentado compulsoriamente na ditadura.
Nossa homenagem ao Professor Plínio Sussekind Rocha.