Exposição

A Biblioteca de Física, em ação colaborativa realiza a Exposição Instrumentos Científicos: Professores Fundadores – IF/UFRJ, tendo caráter permanente a exposição pode ser conferida por todos os frequentadores do nosso espaço.

A exposição tem como objetivo trazer ao público interessado, parte da História e da Memória do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IF/UFRJ).

O acervo de Instrumentos Científicos que faz parte da exposição, é composto por objetos museológicos doados por professores e/ou instituições de ensino; alguns desses instrumentos foram utilizados no Departamento de Física Experimental e por Professores Fundadores do IF/UFRJ. A importância de alguns destes Professores, como César Lattes, Joaquim da Costa Ribeiro e Jayme Tiomno foi ressaltada nesta exposição, com destaque especial para César Lattes que em 2024 completa 100 anos de nascimento.

Em homenagem a César Lattes que fez aniversário no último dia 11 de julho, apresentamos uma pequena biografia sobre esse cientista que marcou um importante capítulo da história da ciência, escrita pelo prof. Ildeu de Castro Moreira.

A comprovação experimental da existência do méson, uma partícula prevista pelo físico japonês Yukawa, foi feita por uma equipe na qual Cesar Lattes, teve grande destaque. Ele pesquisava, em Bristol, técnicas de emulsões nucleares usadas para estudar partículas subatômicas com a ajuda de placas fotográficas, capazes de registrar o caminho percorrido por cada partícula. Em 1947, Lattes pediu ao colega Giuseppe Occhialini que expusesse, nos Pirineus, algumas placas aos raios cósmicos. Elas registraram rastros de uma nova partícula subatômica: estavam detectados, pela primeira vez, os mésons pi. As observações foram repetidas e confirmadas por Lattes no Monte Chacaltaya, na Bolívia. Em 1948, com o norte-americano Eugene Gardner, Lattes produziu, pela primeira vez, mésons artificiais em um acelerador de partículas nos EUA. Lattes tinha, então, 24 anos quando fez estas contribuições muito importantes para a ciência mundial e tornou-se muito conhecido no Brasil. A descoberta do méson pi levou à concessão do Prêmio Nobel de Física de 1950 a Cecil Frank Powell, sendo que Lattes e Occhialini que participaram das pesquisas não foram contemplados. Lattes recebeu 7 indicações para o prêmio Nobel de Física entre 1949 e 1954.

Cesare Mansueto Giulio Lattes, que nascera no dia 11 de julho de 1924 em Curitiba, faleceu em Campinas em 8 de março de 2005. Em 1949, entrou como professor catedrático (provisório) de Física Atômica e Nuclear no Departamento de Física da Faculdade Nacional de Filosofia (Universidade do Brasil, atual UFRJ) e assim permaneceu por vários anos. Depois foi para Campinas, e após um breve retorno ao Instituto de Física da UFRJ, entre 1966 e 1968, tornou-se professor da Unicamp. Ali Lattes aposentou-se, em 1986, quando recebeu o título de doutor honoris causa e professor emérito. Foi um dos criadores do CBPF (1949), do qual foi diretor científico por muitos anos, e um dos articuladores da criação do CNPq (1951). Em sua homenagem o CNPq batizou sua base de dados sobre os pesquisadores brasileiros de Plataforma Lattes. Lattes recebeu inúmeros prêmios ao longo da vida e é nome de ruas e edifícios em algumas cidades e universidades brasileiras. Ele foi um dos mais destacados cientistas brasileiros e seu trabalho foi fundamental para o desenvolvimento da física atômica e para a consolidação da física brasileira.

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Inventário

O inventário é uma das ações realizadas na biblioteca que visa cuidar dos livros. Aproveitamos o período de férias acadêmicas para efetuar o inventário do nosso acervo bibliográfico, não foi uma tarefa fácil, mas necessária para fazer um diagnóstico da situação atual do acervo. Foi preciso dar uma pausa no atendimento ao público e interromper o serviço de empréstimos durante esse período. Para além de contar os livros, o inventário serviu para colocar os materiais em ordem; identificar os materiais do acervo danificados e com divergências; verificar os materiais extraviados; identificar os materiais que precisam de reparos; conferir problemas de identificação nas etiquetas, que indicam a localização dos livros; promover a higienização dos itens e das estantes; e principalmente, retirar de circulação e produzir um levantamento de itens contaminados por agentes biológicos, como traças, brocas e cupins. Os materiais bibliográficos são parte integrante do patrimônio público da universidade, por isso, faz-se mister preservá-los para assegurar o seu uso presente e futuro.

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