Levantamento Documental: Plínio Süssekind Rocha (1980-1989) | ||
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# | Transcrição | Periódico |
1 | "Lance-livre O Instituto de Física da UFRJ presta dia 22, às 16h, uma homenagem à memória do Professor Plínio Sussekind Rocha, dando o nome do antigo professor à biblioteca do Instituto de Física do Centro de Tecnologia." | Jornal do Brasil, 18 dez. 1981 |
2 | "O cult é o Limite. Mesmo. Para os iniciantes do culto ao cultmovie, o Cineclube Solaris exibe hoje, às 20 horas, Limite, filme único de Mário Peixoto, sobre o qual já se disse tudo - até que não existia. Entrou para a história meio lenda, meio realidade, e deixou no seu rastro algumas datas para os que duvidavam de sua existência. [...] Segundo Eisenstein, Limite seria o encontro de três tendências: "a solidão do homem e seu clamor; seu constante desejo de evasão ou comunhão; o mimentismo no mundo dos homens com seus espinhos e árvores retorcidas..." Segundo muitos de seus estudiosos, Limite é um filme, não de imagens, mas de estados de espírito. Não tem enredo mas temas. Sua "história" pode ser resumida em poucas palavras - duas mulheres e um homem cruzam seus destinos em um barco perdido no oceano. Esses personagens sem passado ligam-se pela angústia, pelo desespero. E pela câmera virtuosa de Edgar Brazil, natureza e gente misturam-se com uma dramaticidade de poucos paralelos." [...] Ignorado pelo público, exaltado por poucos, Limite vira mito, ganha críticas e celebrações e vira bandeira de vida de alguns devotos. Como o físico Plínio Sussekind Rocha, que faz campanha pela recuperação do filme, vítima do tempo e de maus cuidados, ameaçado de desaparecer mito como surgiu. [...]" | Jornal do Brasil, 26 maio 1987 |
3 | "História de amor sem Limites Hoje na Cinemateca o filme que foi salvo pela paixão de um espectador e acaba de ser indicado o mais importante do cinema brasileiro Começo da década de 50: um estudante de Física meio interessado em namorar uma estudante de Letras aceita um convite de sua quase namorada para ficar até mais tarde na faculdade e ver o filme que seria exibido naquela noite. Nasce aí uma paixão cinematográfica. O quase namoro ficou mesmo no quase, mas o estudante de Física Saulo Pereira de Mello apaixonou-se pelo filme,e graças a essa paixão é que todos nós podemos ver hoje (e com paixão) o filme Limite, que Mário Peixoto realizou em 1930, e que em recente consulta feita pela Cinemateca Brasileira, de São Paulo, foi apontado como o mais importante da história do cinema brasileiro. [...] Saulo tinha pouco mais de 20 anos quando viu Limite pela primeira vez, no auditório da faculdade Nacional de Filosofia [...]. A sessão era uma das que o professor Plínio Sussekind Rocha costumava realizar todos os anos com a única cópia existente (em nitrato, material que naturalmente se decompõe e se inflama se não conservado a uma temperatura inferior a 20 graus). Mário Peixoto, o fotógrafo Edgar Brazil, o ator Brutus Pedreira e o professor Plínio Sussekind estavam lá na cabine, cuidando da projeção, controlando os discos que davam som às imagens. Saulo se recorda de ao final da projeção ter visto pela primeira vez os vultos magros destas quatro pessoas que se tornariam seus amigos,e mais tarde lhe confiariam a missão de salvar o filme. A pergunta veio à queima-roupa: "Você acha que Limite pode desaparecer? Topas fazer alguma coisa pelo filme?" Foi em 1959, depois de uma projeção feita sem a segunda parte, que já não tinha condições de passar no projetor. O nitrato já começava a se decompor. Plínio Sussekind Rocha, até então guardião do filme, chamou Saulo para ajudá-lo. [...]" | Jornal do Brasil, 22 jun. 1988 |
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