Levantamento Documental: Joaquim da Costa Ribeiro (1960-1969) | ||
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# | Transcrição | Periódico |
1 | "O perfeito homem de ciência Tristão de Athayde Joaquim da Costa Ribeiro, o nosso Costinha, como familiarmente o tratávamos, era, realmente, uma criatura excepcional. Nêle se reuniam três qualidades raramente encontradas em uma só pessoa: o gênio científico autêntico; uma sensibilidade estética que já passara do domínio do apurado bom gôsto ao da própria criação poética e a mais alta e definida espiritualidade do homem de Fé. [...]" | Jornal do Brasil, 1960 |
2 | "Nada Sabem Ainda os Físicos Sôbre Possível Contaminação A PROPÓSITO das últimas chuvas caídas no Rio e São Paulo - após a explosão da bomba atômica francêsa no Saara, alguns jornais disseram que é possível um aumento de radiatividades nas águas caídas, apresentando nesse sentido várias hipóteses. A reportagem de ÚLTIMA HORA ouviu a opinião de três físicos renomados, os Srs. Cristóvão Cardoso, Joaquim Costa Ribeiro e Jacques Danon. [...] Sérias Questões Políticas [...] o Sr. Joaquim Costa Ribeiro nada quis opinar a respeito, dizendo que a matéria envolve sérias questões políticas: - Sôbre a radiatividade provocada pela bomba francesa recuso-me a falar porque a contaminação política da atmosfera é bem maior do que a radiativa. Aliás - concluiu - meu campo de estudo nem é o da energia atômica, é o da eletricidade, portanto aqui encerro a questão." | Última Hora, 23 fev. 1960 |
3 | "Lançamento amanhã de nova enciclopédia A EDITÔRA Corrente S.A. fará, amanhã, dia 1º, o lançamento da Grande Enciclopédia Delta-Larousse, obra que conta com a colaboração de conhecidos educadores e homens de letras, brasileiros, desta capital e dos Estados [...] São responsáveis, também, pelas seções da obra mais os seguintes escritores: [...] Joaquim da Costa Ribeiro [...]." | Diário de Notícias, 31 mar. 1960 |
4 | "Notas Religiosas Costa Ribeiro Antonio Carlos Villaça Conheci Joaquim da Costa Ribeiro em agôsto de 1947, na Universidade Católica. Era a semana do Humanismo, e êsse humanista recebera a missão de falar sôbre as relações entre o humanismo e a ciência. [...] Como êle se sairia? O tema não era nada fácil. O homem afeito à ciência experimental, à pesquisa, aos dados concretos, seria capaz de formular filosóficamente? Seria capaz de abstrações? Seria capaz de ir além dos fenômenos e sua análise? O certo é que havia uma grande expectativa em tôrno da dissertação de Costa Ribeiro. Quando eu o vi, não sei por que, tive a intuição ou a certeza de que êle se sairia muito bem. Talvez porque êle inspirasse confiança. Talvez porque a sua aparência, o seu jeito fôsse tranqüilo. O professor Joaquim da Costa Ribeiro transpirava honestidade intelectual. Comunicava segurança. Era evidente que se êle aceitara dissertar sôbre ciência e humanismo - é que se considerava capaz de fazê-lo razoávelmente." | Jornal do Brasil, 02 ago. 1960 |
5 | "Câmara dos Deputados 1. Sessão começou com dez deputados 2. Discursos de homenagem fúnebre 3. Ordem do dia novamente sem quorum "[...] dos cinco discursos do pinga-fogo - e nunca foi tão pequena a lista de oradores - dois foram de homenagem fúnebre, encarregando-se do outro necrológio o Sr. Hamilton Nogueira (UDN-Guanabara), que homenageou a memória do professor Joaquim da Costa Ribeiro, lembrando que, em 1928, quando se inaugurava a ditadura de Cárdenas, no México, estava aquêle jovem acadêmico formando entre os intelectuais católicos que combatiam a primeira grande incursão comunista na América Latina." | Jornal do Brasil, 09 ago. 1960 |
6 | "Instituto Costa Ribeiro: da Matemática à Física Nuclear O professor Joaquim Costa Ribeiro, mundialmente conhecido como o descobridor do efeito têrmodielétrico, graças ao exemplo de sua dedicação à pesquisa, tornou-se, no Brasil, um dos grandes pioneiros do método experimental científico e, enquanto primeiro catedrático de Física Experimental da Faculdade Nacional de Filosofia, um dos renovadores mais destacados dos métodos de transmissão pedagógica desta ciência. Como primeiro dirigente da Comissão de Energia Nuclear e representante de nosso país em numerosos congressos internacionais, alinhou-se entre os mais denodados propugnadores de nossa emancipação científica e técnica. Personalidade marcante, do mais alto padrão intelectual, aliada à ilibada integridade de caráter e cativante finura de trato, foi o prof. Costa Ribeiro exemplo luminoso de cientista brasileiro. Rendendo-lhe a homenagem de emprestar o seu nome à instituição a que, com tanto carinho, eficazmente serviu, a PUC não podia escolher melhor patrono para o seu Instituto de Física. [...]" | Diário Carioca, 1962 |
7 | "Encontro Universitário Filosofia da UB comemora 23 anos Em abril de 1939 fundava-se a Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, instalada na antiga Casa da Itália, desapropriada por ocasião da guerra. Hoje a FNFi ainda está no mesmo lugar, com as mesmas instalações precárias, mas prestes a ser ampliada com a obtenção do prédio em que funcionava o Tribunal Federal de Recursos. Aproveitando o transcurso de seu 23º aniversário, Encontro Universitário, na Semana da Faculdade Nacional de Filosofia, traz alguma coisa de sua vida. Conversamos com o Presidente do Diretório Acadêmico, Carlos Costa Ribeiro, filho do falecido Prof. Joaquim Costa Ribeiro, homem de ciência dos mais destacados, que muito abrilhantou aquela casa nos anos em que ali lecionou. [...]" | Jornal do Brasil, 27 abr. 1962 |
8 | "Joaquim da Costa Ribeiro, no seu laboratório de física A pesquisa científica Carlos Chagas (Presidente da Academia Brasileira de Ciências) [...]" | Jornal do Brasil, 25 maio 1965 |
9 | "Pioneirismo científico No momento em que completa 20 anos de atividades o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, seu presidente, Almirante Otacílio Cunha, conta como foi possível, arrostando tôdas as dificuldades materiais, fazer nascer e brotar essa idéia impulsionada por um verdadeiro grupo de idealistas. Naquela época, em tôrno do Almirante Otacílio Cunha, reuniu-se um grupo de cientistas, entre os quais devem ser citados os nomes de César Lattes, Hervásio de Carvalho, Jaime Tiomno, padre Xavier Rosé e Joaquim da Costa Ribeiro. Na hora da construção do primeiro pavilhão em que viria a se constituir o Centro, faltou dinheiro. Resolveram procurar um amigo, o banqueiro Mário de Almeida, a quem pediram emprestados 500 contos de réis. Depois de ouví-los demoradamente, o banqueiro, para espanto geral, recusou o pedido de empréstimo, explicando que dificilmente êles teriam condições de pagar o dinheiro que pretendiam tomar emprestado. - Recuso o pedido de empréstimo - insistiu o banqueiro - mas dou os 500 contos a vocês como primeira contribuição particular ao Centro de Pesquisas Físicas." | Jornal do Brasil, 18 jun. 1969 |
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